Assédio moral no trabalho: O que é e como se defender

Confira neste artigo o que é, quais são suas características e como se...

Publicado segunda, 12 de dezembro de 2022
[Capa Assédio moral no trabalho: O que é e como se defender]

O assédio moral no trabalho é um dos maiores problemas relacionado a saúde mental dos trabalhadores no Brasil.

Segundo pesquisa recente, em 2021, mais de 52 mil processos foram feitos contra empresas e empregadores em todo país motivados pelo assédio em ambiente profissional. 

Outro estudo mostra que ao menos metade dos profissionais sofrem ou são causadores de assédio moral dentro das empresas. 

No Brasil, o assédio moral vem sendo explorado com cada vez mais atenção e medidas judiciais e de comportamento, inclusive, tem sido tomada com mais frequência para inibir esse tipo de crime.

Mas, afinal, o que é assédio moral no trabalho? Como é feita a administração de conflitos no ambiente corporativo.

Confira neste artigo o que é, quais são suas características e como se defender para uma vida profissional saudável e de sucesso. 

O que é assédio moral no trabalho?

A exposição de um trabalhador a situações vexatórias e conflitantes, visando seu desgaste como pessoa e profissional é considerado assédio moral no trabalho. 

Humilhações, brincadeiras de mau gosto e tratamento diferente de outros trabalhadores, causando constrangimentos contínuos são situações de assédio no ambiente corporativo.

Além do assédio moral, a humilhação pode se tornar outros tipos de assédios como o sexual, quando atitudes de toques e brincadeiras de conotação sexual são usadas para constranger e tentar avanços em relação a uma pessoa. 

Assédio moral é crime conforme o projeto de lei PL 4742/2001 que determina que constranger e regularmente violar a dignidade de uma pessoa no ambiente de trabalho, oferecendo danos físicos e mentais a pessoa é assédio com pena de reclusão entre 6 meses a 2 anos além de multa. 

Quais as características do assédio moral no trabalho? 

O assédio moral no trabalho pode começar com brincadeiras a princípio inofensivas, porém, com conteúdo vexatório ou ofensivo contra a pessoa e características físicas ou do seu trabalho. 

A intenção da pessoa que faz o assédio é sempre de constranger, humilhar o outro e não se resume a situações isoladas, mas a humilhações prolongadas e rotineiras.

O desgaste da vítima pode ser visto em seu trabalho, já que perde em qualidade na produtividade. Os comportamentos mais comuns no assédio moral, são:

  • Piadas incômodas;
  • Observações negativas e humilhantes;
  • Apelidos impróprios ou ofensivos;
  • Calúnia, injúria e difamações;
  • Ameaças e intimidações;
  • Acusar um profissional de erros que não existem;
  • Exigir metas inatingíveis;
  • Instruir erroneamente ou não instruir sobre uma atividade para prejudicar;
  • Assédio sexual e imagens, vídeos ou brincadeiras de cunho sexual.

Além disso, o desgaste emocional pode provocar depressão, ansiedade entre outros transtornos psicológicos como a Síndrome de Burnout. 

A Síndrome de Burnout é um distúrbio de esgotamento físico e mental ocasionado pelo excesso de trabalho ou por um ambiente profissional exaustivo emocionalmente. 

O assédio moral no trabalho é um dos maiores causadores da síndrome, já que a pessoa que sofre com as investidas negativas acaba por tolerar situações constrangedoras por um longo tempo, prejudicando sua inteligência emocional em relação ao fato. 

Uma pesquisa recente revela que de cada 10 vítimas, apenas uma denuncia o crime. O medo se resume a ameaças de demissão, agressões verbais e físicas. 

Com a lei do Assédio moral no trabalho, a espera é que mais pessoas tomem coragem e verbalizem as situações constrangedoras e graves de assédio moral e não permita que pessoas antiprofissionais torne a vida pessoal e profissional difícil a ponto de comprometer a saúde e bem-estar. 

Como evitar e se defender contra o assédio moral no ambiente corporativo?

O assédio moral no trabalho, na maioria dos casos, ocorre de um superior contra um funcionário de menor hierarquia, mas pode acontecer entre profissionais numa mesma atividade. 

Pessoas arrogantes tem maior tendência a se sentir superior a outras pessoas, principalmente se estiver em uma área de destaque. 

Para se defender e evitar situações de assédio moral no ambiente de trabalho, daremos algumas dicas e informações uteis para escapar da situação:

Cabe a empresa coibir e eliminar os casos de assédio moral no trabalho, principalmente se existem reclamações e denúncias contra uma ou mais líderes e funcionários.

A empresa deve ter uma linha de intolerância a casos de assédio no ambiente de trabalho, mapeando os casos tóxicos em todos os setores e combatendo o problema.

A organização deve ter um canal livre para que os profissionais possam fazer reclamações e denúncias de assédio e haver uma avaliação criteriosa dessas alegações para acabar com todas as situações no meio corporativo.

O profissional vitimado pelo assédio moral pode tentar o diálogo com o assediador, principalmente se este for seu superior e líder

Quando o assédio moral chegou em uma situação que diálogo e todas as outras medidas não foram suficientes, é o momento de acionar a justiça.

Além da lei citada no primeiro tópico, o profissional vitimado pelo assédio pode acionar a polícia e fazer um B.O (Boletim de ocorrência).

Posteriormente, vá à justiça contra a pessoa ou a empresa, porém, somente acuse a organização caso tenha provas que confirmem o apoio ou a conivência com os fatos alegados. 

Obtenha provas que confirmem o assédio como fotos, vídeos e até mesmo e-mails e mensagens que atestem os momentos de perseguição.

Tenha testemunhas que validem cada prova e sejam fontes seguras. Assédio é crime e deve ser combatido dentro e fora das empresas para gestão de conflitos com harmonia e paz, além do sucesso de todos na equipe. 

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O ambiente de trabalho deve ser um local de compartilhamento de conhecimento, de amizades verdadeiras e competitividade saudável.

Quando isso acaba e entra no espectro dos conflitos pessoais, em especial do assédio moral no trabalho, a gestão de conflitos deve ser feita com cuidado e maturidade pelo líder da equipe.

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